domingo, 20 de julho de 2008

Teste.

Descubra a verdadeira idade do seu corpo. É bem rápido.

http://www.enviealegria.com.br/mensagens/verdadeira_idade.htm



DE VOLTA Á VIDA



Existem coisas, que mesmo depois de muito tempo passado, nos causa estranheza, desconfiança e até mesmo descrença. E é um desses fatos que aconteceu há alguns anos, mas que até hoje me estremece quando penso, que revelarei agora.
Estava com 27 anos de idade e grávida de meu primeiro filho. Após uma série de exames aos cinco meses de gestação foi descoberto um câncer de colo de útero. Se é verdade que uma notícia dessas acaba com o emocional de uma pessoa, também é verdade que as dúvidas surgem como moscas em abelhas no mel. Não me desesperei, também não chorei, era como se anestesiada estivesse. O médico dizia:
__ Vimos todos es seus exames, revimos suas respostas ao questionário e o que podemos dizer é que a senhora não se encaixa, no que costumamos chamar de propensa a uma doença como essa.

__ E quais são as propensões? __ perguntei baixinho.
__ Não existem regras, mas normalmente podemos verificar mais facilmente em mulheres com mais de 35 anos, que tenham mais de 02 filhos, que trocam de parceiros com freqüência, quem já tem casos na família, as que por algum motivo ficam tempo demais sem o exame preventivo e também em mulheres que começam a vida sexual cedo demais.
__ Bem Dr. Levando em consideração que não estou nessas estatísticas, onde me encaixo?
__ Primeiro precisamos da confirmação do diagnóstico com sua médica, mas o que podemos lhe adiantar é que provavelmente de acordo com suas respostas, sua má alimentação, uma cauterização mal feita ou feita tarde demais, e uma célula defeituosa, foi a possível causa do que está lhe acontecendo. O que pode ter ficado escondido devido seu útero ser invertido.
__ Entendi. __ falei quase automaticamente.
O laudo da biópsia deu positivo. Um carcinoma in cita sem o descarte de invasão. Como minha gravidez já estava avançada e era de risco, optaram por me operar após o parto.
Em 22 de Janeiro de 1997, ia para o hospital com minhas duas irmãs. Enquanto as duas dormiam no longo percurso, eu ia pensando em minhas duas únicas preocupações meu filho e a possibilidade de não retornar com vida. Garantiram-me que seria uma cirurgia rápida, mas toda ela tinha seu risco, por mais simples que fosse. E era nisso que pensava.
Na enfermaria em que fiquei, fui tratada como uma princesa, tanto pelos funcionários como pelas internas que lá já estavam. E comecei a acreditar que o mundo conspirava a meu favor. Uma paciente agonizava no quarto. As pessoas se impressionavam com minha pouca idade e aparente tranqüilidade.
À noite, comecei a sentir-me mal, tonturas e enjôos. Logo perceberam que se tratava de uma crise nervosa, e a enfermeira deu-me dois comprimidos. Acordei pela manhã, com um homem negro e forte chamando-me.
__ Está na hora da cirurgia.
__ Mas, ainda não tomei banho. __ disse visivelmente amedrontada e querendo ganhar tempo.
__ Não se preocupe, lhe aguardam assim mesmo. __ foi a resposta seca do homem.
Ajudou-me a deitar na maca e foi me levando até o centro cirúrgico. Ao passar pelos corredores imensos, elevadores e pessoas, tentava guardar todas as imagens que conseguia registrar, não sei bem porque, mas embora estivesse calma algo me deixava com a estranha sensação de que não sairia viva da sala de cirurgia.
Enquanto aguardava a Drª. Não entendia porque mas aparecia pessoas que não conhecia a toda hora para me falar alguma palavra de conforto ou simplesmente dar- me um aperto de mão. E isso aumentou meu estado de alerta, embora por alguma razão estivesse gostando de toda aquela atenção. Não era o retrato que tinha de um hospital público. Como a cirurgia foi muito cedo, não tive como ver nenhum parente meu, principalmente os mais importantes: Meu filho de apenas um ano e minha mãe, que tinha certeza estava sofrendo mais do que eu naquele momento.
Apenas o homem negro que me conduzira até ali, mantinha se sério, mas não saia do meu lado.
A drª chegou e o procedimento iniciado.
Se há uma coisa que ainda não consegui entender muito bem, é porque os médicos falam tanto durante um procedimento cirúrgico, se muitas vezes em uma consulta eles mal olham para seu rosto.
E durante a cirurgia, percebi que algo estava dando errado, acontecia o mesmo que na época de minha cesariana.
A drª dizia em meio a palavrões que não podia perder a mulher por uma coisa tão mínima, a voz dela deixava transparecer uma certa tensão. Eu não me apavorei, sabia exatamente o que me esperava e curiosamente não sentia medo. Olhei em volta e não vi o homem que tinha estado comigo desde de manhã. Fechei os olhos e ouvi a médica dizer ao anestesista:
_ Doutor coloque a mulher pra dormir.
_ Mas a pressão dela está muito baixa, como quer que eu faça isso? _ disse o homem irritado.
Calmamente ela respondeu:
_ Isso não é comigo.
Acordei tremendo de frio e sentindo algo pegajoso. Com dificuldade olhei em volta e lá estava o homem que veio logo ao meu encontro. Sem dizer nada levantou as cobertas, e com uma expressão preocupada correu a chamar o médico. Estava tendo uma forte hemorragia. O médico não foi nada delicado, disse que precisava me retamponar, para cessar o sangramento. A dor era insuportável, mas o médico nervoso gritava que eu precisava ajudá-lo e que não era hora para corpo mole. Assim que acabaram, passei mais algum tempo ali e fui levada para a enfermaria, onde fui recebida com alívio pelas colegas de quarto. Uma cirurgia que levaria no máximo uma hora, me deixara quase todo o dia na rpa (recuperação pós-cirúrgica). Estava há umas duas horas deitada, quando o sangramento voltou e sem precisar dizer nada olhei para o homem que estava á porta como se soubesse que precisaria dele novamente. Por sorte minha o plantão havia mudado e uma outra médica veio em meu auxílio. Essa foi um amor, e consegui suportar a dor que parecia me rasgar por dentro. Mas logo perdi os sentidos, ouvia todos gritando a minha volta. Mas não conseguia reagir.
Via-me em um lugar tranqüilo, onde só aquele homem me acompanhava, e me dizia.
__ Volta, você precisa voltar. Ainda não é sua hora.
__ Não consigo. Ajuda-me. Não quero morrer.
__ Então volta logo, sua pressão está caindo demais. Pense em algo que te emocionou muito ultimamente.
__ O nascimento de meu filho.
__ Não. Há alguns dias atrás, algo te levou a repensar a vida. Lembra? precisa lembrar.
Após um tempo pensando, falei:
__ O Adónis?
O sorriso dele me confirmou que estava certa.
E como se tivesse em um sonho, voltei aquele dia.
Conheci o Adónis, em um dia incomum, era aniversário de minha irmã e estava dando uma volta com meu filho na beira da praia, quando avistei o homem mais lindo que meus olhos já vira. Fiquei tanto tempo paralisada com a beleza do homem, que ele se aproximou e perguntou-me grosseiro:
__ Nunca viu um homem?
__ Nunca tão bonito. __ respondi sincera e sem graça.
__ É muito importante a beleza física para você?
__ Sinceramente não. __ Era verdade, nunca me importara com isso.
Ele vestia uma roupa grossa que cobria todo o corpo e num gesto furioso, tirou a roupa, revelando um corpo completamente queimado. Era algo feio e dolorido de ver. Mas não desviei o olhar. Nos apresentamos e pouco depois ele me contava sua história.
__ É sem dúvida uma história triste.
__ Obrigado, por ter me ouvido.
__ Fiz com prazer.
__ Nem todos têm a sua sensibilidade, alguma vez já teve a sensação de que o mundo conspira contra você, e ninguém percebe? Que está em meio a um pesadelo, mas ninguém lhe acorda? Que está morrendo aos poucos, mas ninguém te salva?
Lembrei dessas palavras e comecei a chorar.
__ Acorda pequena, precisa ser agora __ Era a voz do meu protetor.
Abri os olhos molhados e ao meu redor havia muitos médicos e enfermeiros. Percebi que a enfermaria estava em um silêncio total e sofri por aqueles pacientes que passaram por aquela experiência de ter alguém perdendo a vida tão perto deles. Médicos e enfermeiros saíram deixando-me no soro e sonda. Ao olhar para a porta, lá estava ele. Meu protetor negro, alto, forte e agora meu amigo e cúmplice que piscava para mim e sorria pela primeira vez, desde que o vira.
__ Seja bem vinda à vida, pequena.
__ Devo ela a você. __ respondi sorrindo e chorando ao mesmo tempo. Gostei de ser chamada assim por ele, ao invés de baixinha como todos faziam.
Toda mulher que realizava tal cirurgia recebia alta no mesmo dia. No dia seguinte a visita médica foi feita justamente pela médica que fizera todo o meu tratamento desde meu diagnóstico e recomendara a cirurgia.
_ Já soube que causou um grande susto por aqui não é?_ perguntou-me sorrindo, coisa rara, de ver naquele rosto.
_ Saio hoje daqui? _ era minha curiosidade.
Ela balançou a cabeça em sinal negativo e disse: _ ainda não.
Saí três dias depois. Ainda assim porque precisava evitar uma possível infecção hospitalar, mas durante o tempo que permaneci ali, não vi mais meu Anjo protetor e ao perguntar por ele, fui informada que havia sido transferido.
Voltei para casa com a sensação de que nascera de novo. Não sei bem porque, mas nunca contei esse episódio a ninguém. E também não sei porque faço agora, talvez com a esperança de conseguir agradecer aquele homem por ter conseguido fazer com que eu entendesse, que não importa o tamanho da dor, o caminho na maioria das vezes é a luta.
Deixo aqui meu abraço, a quem não conheço, mas fez parte da minha vida.









sábado, 19 de julho de 2008

21 de Julho. Dia do Amigo!!!


Gratidão de Amigo.


"Pela amizade que você me devota,

Por meus defeitos que você nem nota...

Por meus valores que você aumenta,

Por minha fé que você alimenta...

Por esta paz que nós nos transmitimos,

Por este pão de amor que repartimos...

Pelo silêncio que diz quase tudo,

Por este olhar que me reprova mudo...

Pela pureza dos seus sentimentos,

Pela presença em todos os momentos...

Por ser presente, mesmo quando ausente,

Por ser feliz quando me vê contente...

Por este olhar que me diz:"Amigo, vá em frente!"

Por ficar triste, quando estou tristonho,

Por rir comigo quando estou risonho...

Por repreender-me quando estou errado,

Por meu segredo sempre bem guardado...

Por seu segredo, que só eu conheço e por achar que só eu mereço...

Por me apontar pra Deus a todo o instante,

Por esse amor fraterno tão constante...

Por tudo isso e muito mais eu digo:"Deus te abençoe, meu querido amigo!"


(Desconheço o autor,mas AMIGO é AMIGO e .)

domingo, 13 de julho de 2008

Temporada das Ites.


Entrei em um ônibus e reparei que todas as janelas estavam fechadas,devido o frio que fazia.Sentei e puxei um pouquinho a janela ao meu lado,agradecendo por não ter ninguém no banco vizinho.
Algum tempo depois subiu uma moça e sentou logo atrás de mim.Não demorou e meus olhos começaram a lacrimejar,os espirros eram sucessivos e o bichinho do han han,atacou.
Era o cheiro forte da naftalina no casaco da moça. Outros passageiros reagiram tossindo e logo havia uma sinfonia de tosse e espirros.
Abri um pouco mais a janela e respirei o ar poluído,mas sem cheiro.Só não estava mais envergonhada com minha crise alérgica,porque outras pessoas também passavam pela mesma situação.
Desci aliviada por me livrar do cheiro forte e da crise de espirros.
Infelizmente o número de alérgicos é muito maior do que supomos e nessa época de baixa umidade do ar, as sinusites,rinites,bronquites,e outras ites tendem a aparecer mais.
Como alérgica que sou,informo que colocar agasalhos no sol,ameniza o cheiro de guardado. Deixar a casa aberta para arejar e varrê-la com pano úmido também ajuda. Isso porém são apenas dicas,cada um deve saber o que fazer em seus momentos de crise.
Segue um link com dicas que não são novas,mas ajudam muito.

Carta a um Amigo.





"Ainda que eu falasse a língua dos homens, que eu falasse a língua dos Anjos, eu nada seria".
Sempre que ouço isso, me dou conta de que nada somos e que nada seríamos mesmo que essa consciência se fizesse presente em nossas mentes e corações.
É esse o sentimento que tenho, no momento que penso em ti ,meu querido amigo.
Faz tempo que penso em lhe escrever, mas sempre esbarrava no depois, qualquer dia, outra hora. Mas hoje ao observar um arco-íris, decidi não mais adiar. Olhava esse arco-íris no portão de casa e foi quando vi alguém se aproximando com uma enorme bolsa, mais pesada que seu próprio corpo. Sorri lembrando de você, que de tão franzino parecia que iria quebrar com as bolsas que costumava carregar.Mas essa fragilidade aparente só servia para esconder a força e o temperamento radical.Com sorriso fácil, apesar de debochado, seu jeito alegre e descontraído contagiava a todos.
Sua lealdade e fidelidade aos amigos só não eram mais bonitas porque sabia ser implacável e extremamente rude com aqueles que por ventura cismasse. Não era raro vê-lo descobrindo inimigos, onde não existia.
Sempre que chega o carnaval, Natal, Reveillon, de quem eu lembro? De ti.
Não esqueço de que sempre que saíamos juntos, andávamos de mãos dadas, ato esse que não tenho sequer com meus irmãos.
Homossexual assumido apenas para os muito íntimos, era divertido vê-lo paquerando, discretamente, muito embora geralmente seu comportamento nesse sentido fosse irrepreensível. Também, vivendo em uma sociedade hipócrita, medíocre e especialmente preconceituosa, não tinha como ser diferente. Sei que não foi feliz no amor, sofreu, chorou, lutou com as armas que dispunha, mas não conseguiu. Nada que não se possa entender, pois amor é mesmo algo muito complicado.Mesmo para os denominados "normais".Ainda assim seguiu a vida, fingindo que o que tinha lhe bastava.
Sempre cercado de gente, querido pelos colegas de trabalho, dedicado a religião e principalmente aos familiares e amigos, para quem não media esforços para ajudar e estar ao lado em qualquer momento parecia o modelo do homem feliz.
Mas o tempo foi mostrando uma outra pessoa, triste, arredio, revoltado e solitário. Extremamente solitário.
O sorriso debochado ficou sarcástico, o olhar alegre ficou distante, o prazer em conviver com as pessoas transformou-se em sacrifício, o corpo sempre magro, mas cheio de disposição, encheu-se de feridas e o sentimento ao próximo virou revolta e desprezo. O por quê de tudo isso?
SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA, a tão temida AIDS.
O nome difícil não é a única coisa que assusta, mas também a dificuldade que a ciência e a medicina encontram para descobrir o que realmente pode aplacar o sofrimento dos que precisam conviver com ela.
Quando chegou? Não sei. Mas ainda assim você conseguiu conduzir seu caminho de forma corajosa e única, embora alguns tivessem denominado de egoísmo ou covardia.
A única coisa que posso garantir, é que não fiz parte dos que o criticaram por ter mantido algo tão sério em segredo. Sei o quanto seria difícil ver pessoas que sempre o admiraram olhando-o com medo ou quem sabe com desprezo. Penso que se fosse comigo teria adotado o mesmo comportamento, talvez fugir não fosse o melhor a fazer, mas quem sabe o que é melhor em uma hora dessas? poucas pessoas o entenderiam, sem deixar o preconceito se fazer presente.
Mas eu amigo estava sim, em meio aqueles que se culparam pela omissão e pela impotência. Omissão, por que não tinha como fingir não ver o que estava lhe acontecendo e impotência, porque enquanto você não se dispusesse a pedir ajudo eu não sabia o que fazer, sem invadir sua privacidade. Achou que ficando sozinho seria melhor, não precisaria fingir suas dores e dissabores.
É lógico que hoje só me resta pedir desculpas por ter compreendido tarde demais seu pedido silencioso de socorro. Sei exatamente o que é não saber expressar um pedido de ajuda. E é por isso que lhe escrevo hoje, para dizer-lhe que lembro nitidamente de seu abraço apertado e o choro convulsivo em meus braços em um sábado ensolarado, apesar do inverno de Agosto e da borboleta que entrou onze dias depois em minha sala e pairou no ar, diante de mim, batendo asas em um gesto de adeus.
Sei que sofreu para aceitar e que ainda hoje não encontrou a necessitada, embora não saiba se merecida paz.. Dia 8 de agosto de 2003 faz cinco anos que nos deixou, não lhe disse adeus na época e hoje não sinto mais saudades, pois sei que como diz uma linda canção que você gostava muito.
"Qualquer dia amigo, a gente vai se encontrar".

domingo, 6 de julho de 2008

Roupa suja,se lava...Na festa!

Mês passado, fui convidada para uma festa. Gosto de ficar em casa e não sou menos feliz por isso. É uma opção. A maioria das pessoas não entende, mas já passei da fase de explicar que me sinto bem assim. Aquela festa, no entanto não podia evitar. Tinha muito tempo que adiava uma visita a um casal de amigos. Fariam uma comemoração pelo aniversário de casamento. Particularmente, haviam me confidenciado juntos que não sabiam o que iriam comemorar, o casamento estava desgastado, apesar do pouco tempo de convivência. Mas resolveram assim mesmo. Em três anos sempre que os encontrava tinham queixas um do outro e mostravam claramente a insatisfação na relação. Mas enfim...
Era um almoço e o dia estava lindo. As pessoas conversavam e se divertiam com o clima descontraído, o casal era jovem e a grande maioria dos convidados tinha a mesma faixa etária deles.
Não sei bem como e nem quando tudo começou, mas percebi uma pequena confusão perto dos dois e logo ouvi os gritos. Ela gritava que estava de saco cheio de ser ridicularizada por ele. Ele ria alto, debochando do descontrole dela. Dizia que cansara de comer a gororoba que ela cozinhava, que chegava em casa e a encontrava despenteada e que sua mãe era intratável. Nesse momento, alguém riu provocando ainda mais a disputa entre os dois.
Ela como se estivesse bêbada, rodava em círculos dizendo que ele tinha mau hálito, falava de boca cheia, cuspindo quem estava próximo. Tinha a péssima mania de se achar engraçado e criar saia justa nos lugares onde estava. Ele, na opinião dela, precisava de educação.
Após alguns minutos daquela infantilidade, as reações eram diversas: uns riam, outros criticavam, a sogra insultada, chorava pelos cantos.
Achei que era hora de me retirar. No caminho para casa, o irmão dela que viera comigo ria de soluçar com a cena. E eu ria, da risada dele..
Quinze dias depois do ocorrido, recebi um e-mail dos dois, haviam viajado e estavam em segunda lua de mel, felizes como nunca.
Não pude deixar de achar graça da forma que encontraram para melhorar a relação. Fiquei sabendo que algumas pessoas se surpreenderam com o final daquele caso.
Mas o irmão dela me ligou e rindo como sempre, creditou o barraco a minha presença tão rara.
Eu desejava que fossem realmente felizes afinal cada um sabe de si, de seus relacionamentos e sentimentos.


Mas que a situação tinha sido constrangedora e desconcertante,isso tinha.






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terça-feira, 1 de julho de 2008

Que Dia!!!!

O despertador tocou, tirando Ju de um lindo sonho. Primeiro dia de férias e já cheia de coisas para resolver antes de sua esperada viagem. Encaminhou-se ao banheiro e logo percebeu que o chuveiro havia queimado, como o frio era intenso, o banho foi rápido, quase relâmpago. O café saíra forte demais, mas se obrigou a beber mesmo assim.
Ao sair de casa percebeu que uma fina chuva caia._ esse dia ta prometendo _ pensou.
O ônibus chegou lotado ao ponto e foi com esforço que conseguiu entrar. Percebeu que havia um lugar vago, apesar de várias pessoas se acotovelarem no estreito corredor do carro. Aproximando-se com dificuldade do lugar vago, verificou que um homem dormia no assento do canto, notou que alguns passageiros se divertiam com a idéia de vê-la sentar ali. Ainda assim, sentou. Encostou a cabeça tentando dormir, mas mesmo àquela hora da manhã, já havia muita gente conversando. Com certeza pessoas que viajavam juntas diariamente.
Ainda com os olhos fechados, sentiu dedos em seu ouvido, assustada viu que era o homem ao lado. A figura havia acordado e estava importunando-a. Puxou seu cabelo, fazia-lhe cócegas e mostrava a todo instante a boca cheia de bolo para ela. E aí percebeu porque o lugar estava vazio, o homem já devia ser conhecido e parecia ter algum problema mental. Irritou-se com a risada de alguns passageiros.
Decidida a não terminar a viagem em pé, Ju resolveu, fazer com o homem o mesmo que ele fazia com ela. Enfiou o dedo no ouvido dele, fez-lhe cócegas e apertou seu nariz. A atitude pareceu surpreendê-lo, porque com cara de poucos amigos o homem voltou ao seu sono. E ela sorriu ao ver a cara dos passageiros, que não acreditavam que alguém tivesse feito aquilo.
Chegando ao consultório médico, mas uma surpresa desagradável lhe esperava, a recepcionista esquecera de avisar-lhe que a consulta havia sido adiada. Depois de um longo suspiro de descontentamento, caminhou para a porta. Até ouvir:
_ Dona Juramar, a senhora esqueceu a identidade.
Morrendo de vergonha voltou, pegou o documento e saiu apressada do local. Detestava seu nome, seu pai com a melhor das intenções, fizera uma junção de seu próprio nome Juracir, com o da esposa Maria e o resultado foi catastrófico.
A chuva aumentou muito e correu para entrar no banco,acabou entortando o pé e quebrando o salto.Não conteve um palavrão. E foi alto a ponto de pessoas próximas ouvirem. Mancando entrou no banco e foi informada que uma queda no sistema, prejudicava o andamento das operações e não havia previsão para o retorno.
Ju não estava acreditando, será que não devia ter saído de casa? Comprou uma sandália sem salto e suspirou quando chegou ao ponto do ônibus que a levaria de volta a casa sem incidentes. Mas o alívio foi precipitado, um carro que passou apressado, jogou água suja em toda sua roupa. A viagem foi feita com muito frio devido à roupa molhada e extremamente aborrecida.
Já em casa, seus pais riram a valer de seu dia. E mesmo irritada, pensou que realmente havia sido um dia sem igual. O dia seguinte seria diferente, sem dúvidas. Tinha outras coisas para resolver e traçou seus planos para o dia que viria.
Acordou, atrasada. O relógio não despertara. O chuveiro ainda estava sem funcionar e o banho foi de susto novamente. Optou por não fazer o café, queria sair logo. A chuva estava ainda mais forte e o frio mais intenso. Com um longo suspiro, abriu o portão e saiu.
_ Droga!!!!_ Gritou.
Ainda na porta de casa, enfiou o pé no cocô do cachorro do vizinho.
Ao perceber que a filha entrou, colocou o pijama novamente e voltou para cama, à mãe perguntou:
_ Desistiu de sair, filha?
_ É mãe tem dias que é melhor não sair de casa. _ disse cobrindo a cabeça e voltando a dormir.

Reage Rio.


Ontem lia um jornal e vi três notícias tristes e absurdas acontecidas aqui no Brasil. Fiquei atenta aos tele-jornais para obter maiores informações, mas para minha surpresa nada foi dito sobre tais assuntos. Aí me dei conta de que as três notícias não eram do Rio de Janeiro. Falavam de crimes e violências brutais, mas ainda assim nenhum tele-jornal havia noticiado.
Em contra partida toda a "sujeira" acontecida no Rio de Janeiro foram enaltecidas.
Conversando com um amigo de Brasília, fiquei sabendo que também lá, ocorre crimes bárbaros e não apenas os políticos. Há policiais que se corrompem, matam e extorquem, ao invés de proteger (que é para o que são pagos)... Até minha cidade natal em Salvador vive dias críticos no sentido da violência. Também no sul, há crimes de todas as espécies. Só que a pouca ou nenhuma divulgação faz com que quase ninguém tome conhecimento disso.
Fiquei imaginando se o Rio foi escolhido para dar audiência em assuntos tão tristes?
Longe do que possam imaginar, não fiquei satisfeita em ver que outros estados e regiões sofrem com os mesmo problemas sociais que o Rio. Mas acredito que a importância e evidência dos fatos não devem ser regionalizadas.
Infelizmente tudo o que se noticia sobre a violência do Rio de Janeiro é verdade.Não é bonito e nem agradável liderar estatísticas de balas perdidas. Mas também é verdade que não é o único estado no país a sofrer com fatos assustadores e hediondos.
Falta motivação e cidadania de todos os envolvidos, para mudar a imagem do nosso estado.
Está na hora do Rio reagir e mostrar que não é só do Reveillon de Copacabana e do carnaval, que devemos nos orgulhar. Falta união da população, empresários, governantes e autoridades para mostrar ao Brasil, que apesar de tudo a CIDADE CONTINUA MARAVILHOSA e O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO.

Agora são Horas e Minutos - Seja Bem Vindo(a)
Escrevo sem pensar, tudo o que o meu inconsciente grita. Penso depois: não só para corrigir, mas para justificar o que escrevi.
(Mário de Andrade)